Páginas

domingo, 26 de abril de 2009

REFERENCIAL TEÓRICO Parte II


por marcio masella e roberta braga capalbo*


Quando iniciamos a discussão sobre a relação entre política e educação nosso primeiro embasamento foi, sem dúvida, Paulo Freire, uma vez que trouxe à tona a discussão do que ele declara como a ‘politicidade’ da educação. Este, em principal, e outros conceitos como consciência, cidadania, humanização, ideologia, apontados por Freire, norteiam a nossa análise em torno da necessidade indiscutível da consciência política nas práticas pedagógicas e sociais.


Para ampliar a discussão outros autores complementaram nossa análise como Demerval Saviani, que aponta a diferença e complementação entre o “vencer” político e o “convencer” educacional, que discorreremos no texto.


Berthold Brecht contribui com apontamento da idéia de analfabeto político e do caráter das relações sociais.


Recorremos ainda à Aristóteles em sua obra Política, buscando clarear esta definição, separando a política enquanto conceito e a política enquanto atividade.


Mário Sérgio Cortella, em seu livro a “A Escola e o Conhecimento” discute a não neutralidade e a construção de sentido e de si mesmo que o ser humano exerce. Esta análise nos entrelaçou aos conceitos de Freire apontados acima, enriquecendo a reflexão.


Todos estes autores iluminaram nossa discussão, reflexão e análise, permitindo-nos, inclusive, refletir sobre nós mesmos, ampliando e nos auxiliando na construção de novos conceitos.



OBJETIVOS E METODOLOGIA

Este artigo visa desenvolver a indissociável relação entre educação e política. A educação sempre é pauta de discussões que visam analisar sua eficácia, eficiência, qualidade e tantas outras questões que ela suscita. Desde Paulo Freire a discussão sobre o caráter político da educação e sua interferência na realidade social vem crescendo. Em nossas pesquisas este aspecto é de relevante importância e base de toda nossa discussão, que perpassa, inclusive, pela necessidade de conscientização do ato educacional como político. Pretendemos assim abordar a política no âmbito da formação / conscientização do educador.


Isso significa dizer que acreditamos que é a partir da tomada de consciência política da sua ação educativa, que a prática do educador passa a ser pautada em uma concepção de educação que vise a cidadania e ação social transformadora. Toda postura educacional, consciente ou não, é, fundamentalmente, política. E é através desta conscientização que se constrói efetivamente uma prática educativa coerente. É sendo que se ensina e se aprende a ser.


Para a realização deste artigo, desenvolvemos a pesquisa teórica, que nos auxiliou na construção de conceitos. Trabalhamos com textos específicos ao tema: política e educação, e textos que pudessem amparar essa construção, enriquecendo e situando-a num contexto claro de atuação.


* Mestrandos em Educação pela PUC São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.