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sábado, 19 de setembro de 2009

poesia - alexandre mohor*


A FELICIDADE





Não sei o tamanho da felicidade,

nem a forma que ela tem.

Ela pode passar por mime eu por ela também,

que vou continuar meu caminho

procurando saber de onde ela vem.

A felicidadenão é um jogonem uma equação.

Não vem num estojonem cabe numa encadernação.

Ela é como uma bela árvore isolada

em uma paisagem perto de nada.

Uma cabana abandonada

na beira de uma estrada desolada.

Só serve para quem achá-la.

Não é gol em estádio lotado,

não é espetáculo com ingresso esgotado

nem entrega de prêmio ao ilustre ovacionado.

Pois tudo isto depende de quem está ao lado.

Tudo isto depende de ser participado.

E a felicidade é algo tão pessoal

que a pessoa mais feliz do mundo

pode ser alguém que nunca foi notado.

Pois a felicidade não é algo noticiado.

Ninguém é notificado.

Não conta ponto para a nota da prova

nem para aumento de salário.

Não ajuda para conquistar a mulher amada

nem para melhorar o saldo bancário.

Só serve para acordar de manhã

dar um sorriso raro

e se sentir felizardo...



* Poeta. Contato: samo.lg@uol.com.br

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